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A ideologia da revolução cognitiva III: a era do Eu amplificado

A popularização da Web 2.0 foi acompanhada por uma proposta de relacionamento digital, que combinava desejo de conhecer pessoas e ideias diferentes, com desejo de compartilhar algo pessoal e potencialmente distinto. Com o tempo, esta segunda dimensão se impôs, dando o tom da segunda fase da Era Digital (2002-2020), que este ensaio discute.

A ideologia da revolução cognitiva III: a era do Eu amplificado

No norte da Tanzânia existe um vale chamado Rift, cujas areias ferventes costumavam se esconder no leito de um rio. Neste vale foram encontrados os primeiros seixos de pedra talhados por nossos ancestrais, há mais ou menos 2,5 milhões de anos. Eles dão testemunho do quão arraigada é a tendência à amplificação das capacidades com que nascemos.

Esta amplificação ficou por mais de 99% de nossa história restrita à esfera da fisicalidade. Apenas recentemente, há cerca de 5.000 anos, é que aprendemos a também amplificar nosso potencial cognitivo por meio de ferramentas. Isto ocorreu primeiramente de maneira algorítmica – através do ábaco – e, 1.500 anos depois, de forma linguística, por meio da escrita.

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