Medio & Mensagem
Alocação eficiente das neurociências no planejamento de marketing
Parece que o mundo do neuromarketing ainda não percebeu que precisa entregar, de maneira particularmente clara e mensurável, formulação e evidência de ROI superior às alternativas convencionais com as quais concorre
No longínquo início do milênio, é provável que a prestigiosa revista Neuron não tivesse sido capaz de antecipar o sucesso retumbante do paper “Neural correlates of behavioral preference for culturally familiar drinks” (2004, 14, 44:379-87), que com seu famoso experimento de Coca-Cola vs. Pepsi apresentou ao o mundo uma modalidade de estudos apelidada de neuromarketing.
Parecia claro que a prática de adentrar a mente neurológica para revelar seus segredos recônditos iria se tornar rotina, numa espécie de psicanálise às avessas, em que o inconsciente desvelado abdica de seu papel de força oponente ao comportamento manifesto, afirmando-se calorosamente como proxy às preferências reveladas.