Estado de Minas Gerais

5G: como de fato funciona a nova tecnologia

O 5G é essencial para uma série de inovações, incluindo veículos autônomos e sensores avançados para a agricultura. Já do ponto de vista dos consumidores, é importante compreender algumas sutilezas.

Segundo o professor Álvaro Machado Dias, futurista e professor livre-docente da UNIFESP, além de sócio da WeMind Escritório de Inovação, a implementação do 5G não acontece toda da mesma maneira. “Existe uma diferença entre utilizar a parte central da estrutura de gerenciamento computacional do 4G (mais especificamente, do famoso 4.5G) para o 5G e ter uma estrutura dedicada a este último. Chamamos os dois modelos, respectivamente, de non-stand alone (NSA) e stand alone (SA).”

Ele explica que o SA se diferencia por velocidades superiores e latências inferiores. “Também se destaca pelo fato de que preserva melhor o sinal quando muita gente está acessando uma rede simultaneamente, isto é, maior densidade de sinal. Porém, indo do conceitual para a prática, as coisas se tornam mais complexas já que o SA com faixa espectral inferior será pior do que o NSA com faixa mais alta (50 vs. 100MHZ, por exemplo); ou seja, começar pelo NSA não representa estratégia ruim ou lesiva.”

Dias ressalta ainda que nem todos os aparelhos celulares estão prontos para acessar as redes SA. “Os poderosos Iphone 13 da Apple, por exemplo, vão precisar de uma atualização ainda não disponibilizada para tanto – além, da troca de chip.”

Democratização do acesso ao 5G

O principal gargalo para o acesso às redes 5G é o hardware, segundo o professor da UNIFESP. “Os aparelhos capazes de fazê-lo tendem a ser mais novos e caros do que os que só atingem o 4G. Neste sentido, a primeira etapa da implantação não deve ser caracterizada por ampla fruição das vantagens propiciadas pela grande massa dos consumidores.”

“Infelizmente, não há muito o que fazer sem piorar as coisas. A perspectiva é que, com o tempo, os modems 5G se tornem dominantes e o novo padrão se estabeleça com a mesma penetração – ou até maior – do que a do 4G na atualidade”, conclui.

Leia mais em: https://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2022/07/29/interna_tecnologia,1383522/sinal-5g-em-bh-consumidores-tem-percepcoes-diferentes-da-nova-tecnologia.shtml

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