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Criatividade na pandemia: como isolamento interferiu em nossa capacidade de criar

Ao mesmo tempo em que o retiro doméstico trouxe condições favoráveis para a livre reflexão, a falta de contato social pode secar a fonte de quem precisa ter novas ideias

A pandemia colocou as mentes criativas num empasse. Se, por um lado, o isolamento em casa forneceu um refúgio favorável ao pensamento, por outro, as pessoas acabaram privadas de experiências que funcionavam como combustível para a criação. No livro O Poder dos Quietos (Ed. Agir), a escritora Susan Cain defende que a solidão seria um ingrediente essencial para a criatividade. Segundo a autora norte-americana, a pressão social quando se está em grupo inibe ideias disruptivas, e isso explicaria por que grandes descobertas ao longo da história partiram, quase sempre, de insights advindos de momentos solitários. Mas a criatividade não se limita a ideias que rompam com o status quo. No dia a dia, ela é usada em momentos muitas vezes imperceptíveis, nos quais a falta de sociabilidade pode ser um problema na hora de recorrer à engenhosidade da mente.

“Existe uma questão sobre a natureza do que chamamos de criatividade. Há a criatividade como habilidade de inventar algo, a criatividade para encontrar novas aplicações ou pontos de vista e a criatividade para soluções a problemas dados no momento presente e que exigem resposta rápida”, explica o neurocientista Álvaro Machado Dias, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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